Nova Mamoré realiza 1ª Conferência Municipal de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
No ritmo acelerado do dia a dia, onde se prioriza a produção e os resultados, muitas vezes se esquece de olhar para quem sustenta tudo isso: o trabalhador. A saúde de quem carrega nas costas o funcionamento de uma cidade inteira costuma ser silenciada ou deixada para depois. Mas essa realidade começa a mudar — e Nova Mamoré está assumindo o protagonismo nessa transformação.
Na última quinta-feira, 10 e sexta-feira, 11, a Prefeitura de Nova Mamoré por meio da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu a 1ª Conferência Municipal de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, com o tema “Saúde do trabalhador e da trabalhadora como direito humano”. O encontro reuniu profissionais da saúde, lideranças locais e representantes da sociedade civil no auditório da Câmara Municipal, com o propósito de discutir caminhos concretos para garantir mais dignidade e proteção no ambiente de trabalho.
A proposta da conferência foi promover um espaço de diálogo entre profissionais da saúde, representantes de instituições e trabalhadores dos mais diversos setores. Durante os dois dias, os participantes puderam refletir sobre as condições de trabalho no município, debater os desafios enfrentados e construir coletivamente propostas que devem guiar as futuras ações de saúde no ambiente laboral.

Na fala de abertura, a secretária municipal de Saúde, Denise Azevedo, reforçou o papel da conferência como um marco para a cidade.
“Estamos avançando em uma pauta que por muito tempo foi invisibilizada. Cuidar da saúde do trabalhador é também cuidar das famílias, da economia e da dignidade das pessoas. Que esse seja o primeiro de muitos encontros com esse olhar comprometido com a vida”, declarou.
Para a médica Amanda Rosa, que participou do evento, a conferência foi uma oportunidade de ouvir vozes que raramente são incluídas nas decisões.
“Nem sempre o trabalhador consegue dizer onde dói. Às vezes é no corpo, às vezes é na mente, mas quase sempre é silencioso. Esses espaços são importantes porque abrem portas para a escuta, para a empatia e para a construção de soluções reais”, pontuou.
Mais do que discussões, a conferência deixou um legado de propostas construídas coletivamente e reforçou um compromisso que precisa ser contínuo: cuidar de quem cuida, valorizar quem trabalha e garantir que saúde e dignidade caminhem juntas dentro e fora do ambiente de trabalho.
De acordo com Marco Bueno, chefe do Núcleo de Doenças Relacionadas ao Trabalho da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) tem avançado na atenção a saúde do trabalhador ao realizar a 1ª conferência.
“Quando um município assume essa responsabilidade, ele dá um recado claro: aqui o trabalhador importa. Essa conferência é um exemplo de que é possível sim pensar uma saúde do trabalho mais humana, mais próxima e mais efetiva”.






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